quarta-feira, janeiro 25, 2006

As Categorias Taxonómicas e os Reinos da Vida (texto de Eulália Duarte)

Na 4ª feira, dia 18 de Janeiro de 2006, tivemos a aula toda a ver apresentações multimédia como forma de rever tudo o que demos sobre o evolucionismo. As apresentações tinham como tema o Fixismo, a Evolução das Espécies, os Ciclos de Vida e o Ciclo Celular.
Na apresentação do Fixismo vimos que numa visão fixista, as espécies são unidades fixas que, num mundo igualmente estático, surgiram independentemente umas das outras. O Criacionismo é uma teoria fixista que defende que as espécies foram originadas por criação divina e são perfeitas e estáveis, mantendo-se fixas ao longo dos tempos.
O Fixismo foi sendo posto em causa pelos trabalhos de Lineu e pelo aparecimento de fósseis.
Na apresentação sobre a Evolução das Espécies foi-nos apresentado explicações bastante claras sobre o Evolucionismo (as espécies que existem evoluíram a partir de outras que existiram no passado), o Darwinismo (o meio exerce uma selecção natural que favorece os indivíduos portadores das características mais apropriadas para um determinado ambiente e num determinado tempo), Lamarkismo (o meio cria necessidades que conduzem a mudanças nos hábitos e nas formas dos indivíduos), Malthusianismo (a população tende a crescer para além das possibilidades do meio para a sustentar, ou seja, cresce exponencialmente enquanto que os recursos alimentares crescem em progressão aritmética) e o Neodarwinismo (esta teoria envolve duas ideias fundamentais: variabilidade genética e a selecção natural). Darwin mostrou a evolução das espécies a partir de um só, adaptando-se à forma como vivem e à sua alimentação.
No final desta apresentação o nosso professor mencionou a frase: “ Observando desenvolvimento embrionário é como um filme da origem da espécie”, esta frase transmite-nos que ao longo do desenvolvimento embrionário do Homem, por exemplo, podemos tirar conclusões óbvias sobre quem foram os nossos antepassados mais distantes.
Na 5ª feira, dia 19 de Janeiro de 2006, vimos as várias categorias taxonómicas, as regras básicas da nomenclatura e os reinos da vida.
As principais categorias são: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie (ordem crescente de características que cada categoria possuí). Cada taxon (nome dado a categoria taxonómica) possuí seres vivos que têm as características necessárias para pertencer a esse grupo. À medida que evoluímos de taxon, diminui o numero de organismos incluídos, porque é maior o numero de características comuns para pertencer ao novo taxon.
A nomenclatura é utilizada para dar nome aos seres vivos. Para tal tem-se de seguir algumas regras básicas, elas são:
─ a designação dos taxa é feita em latim, porque, sendo o latim uma língua morta, não tá sujeita a evolução, mantendo as palavras o seu significado original;
─ Lineu desenvolveu a nomenclatura binominal para designar as espécies. O nome da espécie consta sempre de duas palavras latinas: a primeira é um substantivo escrito com inicial maiúscula e corresponde ao nome do género a que a espécie pertence; a segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa-se por epíteto específico, sendo geralmente um adjectivo;
─ a designação dos grupos superiores à espécies é uninominal, escrita com inicial maiúscula;
─ o nome da família dos animais obtêm-se acrescentando a terminação –idae à raiz do nome de um dos géneros. Nas plantas, a terminação que caracteriza a família é –aceae. Mas há algumas excepções;
─ quando uma espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura trinominal para as designar escreve-se o nome da espécie seguido de um terceiro termo designado por epíteto subespecifico;
─ os nomes genéricos, específicos e subespecíficos devem ser escritos em tipo de letra diferente da do texto corrente. Normalmente utiliza-se o itálico. Em manuscritos, essas designações devem ser sublinhadas;
─ à frente da designação específica deve escrever-se o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que aquele nome científico à espécie considerada.
─ Pode citar-se a data da publicação do nome da espécie separada por uma vírgula.
Os seres vivos são divididos em reinos. Esses reinos actualmente são: Animalia, Plantae, Protista, Fungi e Monera. Porém os reinos não foram sempre assim. Os primeiros reinos foram o reino Animalia e Plantae, que dividiam os seres animais e vegetais. Com o passar do tempo houve necessidade de dividir os seres vivos em mais reinos e por isso foi criado o reino Protista e depois o reino Monera. Em 1969, Whittaker propôs um sistema de classificação em cinco reinos, ou seja, os quatro já existentes e o novo reino chamado Fungi.
Na aula de 6ª feira, dia 20 de Janeiro de 2006, continuamos com a matéria dos Reinos da Vida. Estudámos as características que um ser tem de possuir para fazer parte de um determinado reino. Por exemplo, vejamos as características das células dos seres vivos de cada reino:
─ no reino Monera, as células dos seres que pertencem a esse reino são do tipo procariótico e com parede celular na maioria das células, por exemplo as Bactérias;
─ no reino Protista, os seres vivos que pertencem a esse reino possuem células eucarióticas com ou sem parede celular, por exemplo as Algas, Amibas e Paramécias;
─ no reino Fungi as células dos seres possuem parede celular, quando existe, com quitina e são do tipo eucariótico, por exemplo as Leveduras, os Cogumelos e Bolores;
─ no reino Plantae as células são do tipo eucariótico, com parede celular de natureza celulósica, por exemplo a Funária, Polipódio, Pinheiro e a Macieira;
─ no reino Animalia as células são eucarióticas com parede celular, como exemplo temos a Esponja, Minhoca, o Camarão e a Rã.
E assim acabamos mais uma semana de estudo sobre o mistério da vida.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Sistemas de classificação dos seres vivos (texto de Duarte Leitão)

Na aula do dia 11 de Janeiro fizemos uma revisão da matéria dada sobre a evolução das espécies com a ajuda de uma enciclopédia multimédia chamada “Nas origens do Homem”. Com a ajuda deste CD-ROM vimos a evolução dos mamíferos desde os primeiros, o purgatorius, até nós, o homo sapiens sapiens, passando pelas espécies que nos antecederam e também as que evoluíram por caminhos diferentes dos nossos até se tornarem chimpanzés e gorilas, para nomear alguns. A enciclopédia tinha também um jogo muito giro onde podíamos organizar a nossa própria expedição para descobrir alguns fósseis. O jogo consistia em escolher os cientistas e os materiais mais indicados e depois aplica-los correctamente nas diferentes situações.
No dia 12 fizemos os exercícios do livro de fim do capítulo “Evolução biológica e sistemática dos seres vivos”. No final da aula começamos a estudar os sistemas de classificação dos seres vivos. Vimos dois tipos diferentes sistemas de classificação: práticos e racionais. Os sistemas de classificação práticos eram usados pelo homem primitivo para saber os animais comestíveis e não comestíveis, perigosos e não perigosos e as plantas como alimentares ou não, venenosas ou não venenosas. Este sistema tinha um uso imediato e estava ligado a propriedades dos seres vivos, com interesse para o Homem. Já os sistemas de classificação racionais usam critérios científicos e foram muito melhorados por Carl von Linne (1707-1778), ou Lineu, um botânico sueco e considerado o pai da taxonomia.
Na aula de dia 13 continuámos a estudar o tema da aula anterior e aprendemos que há dois tipos de sistemas racionais: artificiais e naturais. Os sistemas de classificação artificiais levam em conta poucas características dos seres vivos e principalmente as de mais fácil observação como a cor do sangue, tipo de reprodução, estrutura do coração, tipo de ovos, etc. Os sistemas de classificação naturais, característicos do período pré-darwinismo, permitiram aos naturalistas formar grupos de animais muito mais parecidos entre si, o que não acontecia nos artificiais. Estes dois tipos de classificação são sistemas de classificação horizontais pois não têm em consideração o factor tempo. Para colmatar essa lacuna foi criado outro tipo de classificação: a classificação vertical de que fazem parte os sistemas de classificação filogenéticos ou evolutivos. Estes sistemas tiram partido de testes sorológicos ao sangue e ás glicoproteinas, que são como umas impressões digitais dos seres vivos. As relações de parentescos das espécies podem depois ser apresentadas em árvores filogenéticas ou árvores de evolução.
No final da aula começámos a estudar as Categorias Taxonómicas. Lineu considerava que as espécies semelhantes agrupavam-se em géneros, os géneros em famílias, as famílias em ordens e as ordens em classes. Posteriormente houve a necessidade de agrupar as classes em filos, filos esses que se agrupam por sua vez em cinco reinos diferentes: Plantae, Animalia, Protista, Monera e Fungi.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Fim de 2005... Inicio de 2006 (texto de Duarte Antunes)

Na ultima aula do ano, sexta feira dia 16, fizemos a auto-avaliação.
Começamos o novo ano com a revisão do que já tínhamos falado sobre Darwin.
Darwin era um evolucionista, acreditava que as espécies têm uma origem em comum e que se foram diversificando e adaptando ao ambiente que as rodeia.
Charles Darwin era columbófilo, criador de pombos, e constatou que era possível seleccionar uma determinada característica de um pombo, fazê-lo cruzar com outro individuo com característica semelhante e obter gerações em que essa característica era cada vez mais evidente e frequente. É a chamada selecção artificial, um processo que o Homem usa para preservar características desejáveis num animal. No fim de umas quantas gerações todos ou grande parte dos indivíduos criados nascem com essa característica, e, se passar ainda mais tempo pode dar origem a uma nova espécie, sem possibilidade de cruzamento com a espécie anterior. Este é o caso do lobo e do cão.
Sabendo isto, o nautralista inglês, pensou que na natureza também pudesse haver um certo tipo de selecção, a selecção natural, em que só o mais apto sobrevive. As alterações ambientais não provocam alterações nos indivíduos, mas favorecem os que nascem com alterações que os tornem mais aptos ás mudanças do ambiente.
Assim, se essa nova característica for vantajosa o individuo terá mais oportunidades de se alimentar, e conseqüentemente de se reproduzir o que aumenta a probabilidade dos genes responsáveis pala nova característica passem á geração seguinte.
Ainda na aula de quarta-feira, mas para terminar na quinta-feira, confrontámos as ideias de Lamarck com as de Darwin.
Em resumo Lamarck afirmava que os indivíduos se adaptavam ao longo da vida e que as suas crias herdavam as características novas, são a lei do uso e do desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos, enquanto que Darwin se regia pela selecção natural como responsável pela evolução e que afirmava que não é um individuo que se altera mas sim nasce alterado por obra do acaso, se a alteração for positiva permanece, se não morre com o individuo.
Também falamos neste dia mas só terminamos na sexta-feira outro tema relacionado com evolução: argumentos evolucionistas.
Os primeiros estudados foram os argumentos de anatomia comparada.
Peguemos no exemplo do manual, o Ichthyostega, um peixe com patas e pulmões primitivos que se pensa ter sido uma dos primeiros animais a sair da água, e compararmos os seus membros superiores com os do Homem actual, da salamandra, da toupeira, do cavalo, morcego, uma ave e uma baleia, o que há em comum?
Ossos! Todos são vertebrados, mas se compararmos mais aprofundadamente vemos que, apesar de funções diferentes, o plano estrutural é semelhante e inclui ossos semelhantes nas mesmas posições relativas, podendo variar, no numero de falanges ou no desenvolvimento do osso. Chamam-se estruturas homólogas e são um argumento evolucionista na medida em que afirmam que os vertebrados, neste caso, têm estruturas semelhantes e uma origem comum, apenas diversificaram ao longo de milhões de anos. Este processo chama-se evolução divergente.
Há outro tipo de estruturas que argumentam a favor do evolucionismo: estruturas análogas, são orgãos inicialmente diferentes, de indivíduos diferentes, mas que tendem a ter uma mesma função. O caso da membrana alar e dos dedos do morcego e das asas do gafanhoto. Nunca foram iguais, mas alteraram-se de modo a ter a mesma função,
Num 3º caso há estruturas vestigiais. São estruturas ou orgãos que já desempenharam uma função nos ancestrais, mas que devido a alterações no ambiente e no individuo, já não têm utilidade relevante e têm tendência a mirrar ou até desapareceram.
É o caso do nosso apêndice ou dos músculos na zona das orelhas, o Homem não necessita de mexer as orelhas e esses músculos perderam a força com o passar das gerações, mesmo assim ainda há quem as consiga mexer, mas tendem a desaparecer.
Na baleia também existe um fêmur e pélvis, no entanto esta já não anda sobre 4 patas á muitas gerações, por isso estes ossos não têm qualquer influencia na locomoção das baleias.
Temos outro tipo de argumentos, os argumentos paleontológicos.
As ditas formas intermédias ou sintéticas são uma prova da evolução, o mais famoso é o Archaeopteryx litographico um fóssil com cerca de 150 Ma que é considerado como uma das primeiras aves, tem cauda e dentes de réptil, no entant, penas idênticas ás das aves, pelos registos fosseis acredita-se que este réptil-ave tivesse a capacidade de voar.
A paleontologia, ciência que estuda fosseis, diz-nos como eram alguns seres vivos á muito tempo atrás e como se foram alterando, infelizmente nem sempre é fácil encontrar fosseis em estado de se fazerem comparações seguras.
Os últimos argumentos que estudamos são os argumentos citológicos.
Estes argumentos comparam as células e as suas funcionalidades. Só por exemplo, os processos metabólicos de células vegetais e animais são semelhantes, um ponto a favor da origem comum.
Há inda mais argumentos mas não pertencem ao programa de 11º anos, como a embriologia e a bioquímica.
Por fim nesta semana introduzimos o Neodarwinismo.
Este acrescentou os conceito da variabilidade genética e relacionou-o com a selecção natural.
As mutações podem ter efeitos nefastos na vida do portador, mas também há mutações que trazem vantagens para o individuo. Estas trazem novidade genética. Mas a recombinação gene tica é o principal criador de variabilidade genética. Através da reprodução sexuada há recombinação da informação genética, que pode causar uma nova mutação, ou fazer com que uma característica nova de um dos progenitores apareça numa das crias.
Crio-se também o conceito de fundo genético que é o conjunto de todos os genes presente numa determinada população num dado momento.
Por esta semana é tudo.

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