As Categorias Taxonómicas e os Reinos da Vida (texto de Eulália Duarte)
Na 4ª feira, dia 18 de Janeiro de 2006, tivemos a aula toda a ver apresentações multimédia como forma de rever tudo o que demos sobre o evolucionismo. As apresentações tinham como tema o Fixismo, a Evolução das Espécies, os Ciclos de Vida e o Ciclo Celular.
Na apresentação do Fixismo vimos que numa visão fixista, as espécies são unidades fixas que, num mundo igualmente estático, surgiram independentemente umas das outras. O Criacionismo é uma teoria fixista que defende que as espécies foram originadas por criação divina e são perfeitas e estáveis, mantendo-se fixas ao longo dos tempos.
O Fixismo foi sendo posto em causa pelos trabalhos de Lineu e pelo aparecimento de fósseis.
Na apresentação sobre a Evolução das Espécies foi-nos apresentado explicações bastante claras sobre o Evolucionismo (as espécies que existem evoluíram a partir de outras que existiram no passado), o Darwinismo (o meio exerce uma selecção natural que favorece os indivíduos portadores das características mais apropriadas para um determinado ambiente e num determinado tempo), Lamarkismo (o meio cria necessidades que conduzem a mudanças nos hábitos e nas formas dos indivíduos), Malthusianismo (a população tende a crescer para além das possibilidades do meio para a sustentar, ou seja, cresce exponencialmente enquanto que os recursos alimentares crescem em progressão aritmética) e o Neodarwinismo (esta teoria envolve duas ideias fundamentais: variabilidade genética e a selecção natural). Darwin mostrou a evolução das espécies a partir de um só, adaptando-se à forma como vivem e à sua alimentação.
No final desta apresentação o nosso professor mencionou a frase: “ Observando desenvolvimento embrionário é como um filme da origem da espécie”, esta frase transmite-nos que ao longo do desenvolvimento embrionário do Homem, por exemplo, podemos tirar conclusões óbvias sobre quem foram os nossos antepassados mais distantes.
Na 5ª feira, dia 19 de Janeiro de 2006, vimos as várias categorias taxonómicas, as regras básicas da nomenclatura e os reinos da vida.
As principais categorias são: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie (ordem crescente de características que cada categoria possuí). Cada taxon (nome dado a categoria taxonómica) possuí seres vivos que têm as características necessárias para pertencer a esse grupo. À medida que evoluímos de taxon, diminui o numero de organismos incluídos, porque é maior o numero de características comuns para pertencer ao novo taxon.
A nomenclatura é utilizada para dar nome aos seres vivos. Para tal tem-se de seguir algumas regras básicas, elas são:
─ a designação dos taxa é feita em latim, porque, sendo o latim uma língua morta, não tá sujeita a evolução, mantendo as palavras o seu significado original;
─ Lineu desenvolveu a nomenclatura binominal para designar as espécies. O nome da espécie consta sempre de duas palavras latinas: a primeira é um substantivo escrito com inicial maiúscula e corresponde ao nome do género a que a espécie pertence; a segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa-se por epíteto específico, sendo geralmente um adjectivo;
─ a designação dos grupos superiores à espécies é uninominal, escrita com inicial maiúscula;
─ o nome da família dos animais obtêm-se acrescentando a terminação –idae à raiz do nome de um dos géneros. Nas plantas, a terminação que caracteriza a família é –aceae. Mas há algumas excepções;
─ quando uma espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura trinominal para as designar escreve-se o nome da espécie seguido de um terceiro termo designado por epíteto subespecifico;
─ os nomes genéricos, específicos e subespecíficos devem ser escritos em tipo de letra diferente da do texto corrente. Normalmente utiliza-se o itálico. Em manuscritos, essas designações devem ser sublinhadas;
─ à frente da designação específica deve escrever-se o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que aquele nome científico à espécie considerada.
─ Pode citar-se a data da publicação do nome da espécie separada por uma vírgula.
Os seres vivos são divididos em reinos. Esses reinos actualmente são: Animalia, Plantae, Protista, Fungi e Monera. Porém os reinos não foram sempre assim. Os primeiros reinos foram o reino Animalia e Plantae, que dividiam os seres animais e vegetais. Com o passar do tempo houve necessidade de dividir os seres vivos em mais reinos e por isso foi criado o reino Protista e depois o reino Monera. Em 1969, Whittaker propôs um sistema de classificação em cinco reinos, ou seja, os quatro já existentes e o novo reino chamado Fungi.
Na aula de 6ª feira, dia 20 de Janeiro de 2006, continuamos com a matéria dos Reinos da Vida. Estudámos as características que um ser tem de possuir para fazer parte de um determinado reino. Por exemplo, vejamos as características das células dos seres vivos de cada reino:
─ no reino Monera, as células dos seres que pertencem a esse reino são do tipo procariótico e com parede celular na maioria das células, por exemplo as Bactérias;
─ no reino Protista, os seres vivos que pertencem a esse reino possuem células eucarióticas com ou sem parede celular, por exemplo as Algas, Amibas e Paramécias;
─ no reino Fungi as células dos seres possuem parede celular, quando existe, com quitina e são do tipo eucariótico, por exemplo as Leveduras, os Cogumelos e Bolores;
─ no reino Plantae as células são do tipo eucariótico, com parede celular de natureza celulósica, por exemplo a Funária, Polipódio, Pinheiro e a Macieira;
─ no reino Animalia as células são eucarióticas com parede celular, como exemplo temos a Esponja, Minhoca, o Camarão e a Rã.
E assim acabamos mais uma semana de estudo sobre o mistério da vida.