terça-feira, janeiro 10, 2006

Fim de 2005... Inicio de 2006 (texto de Duarte Antunes)

Na ultima aula do ano, sexta feira dia 16, fizemos a auto-avaliação.
Começamos o novo ano com a revisão do que já tínhamos falado sobre Darwin.
Darwin era um evolucionista, acreditava que as espécies têm uma origem em comum e que se foram diversificando e adaptando ao ambiente que as rodeia.
Charles Darwin era columbófilo, criador de pombos, e constatou que era possível seleccionar uma determinada característica de um pombo, fazê-lo cruzar com outro individuo com característica semelhante e obter gerações em que essa característica era cada vez mais evidente e frequente. É a chamada selecção artificial, um processo que o Homem usa para preservar características desejáveis num animal. No fim de umas quantas gerações todos ou grande parte dos indivíduos criados nascem com essa característica, e, se passar ainda mais tempo pode dar origem a uma nova espécie, sem possibilidade de cruzamento com a espécie anterior. Este é o caso do lobo e do cão.
Sabendo isto, o nautralista inglês, pensou que na natureza também pudesse haver um certo tipo de selecção, a selecção natural, em que só o mais apto sobrevive. As alterações ambientais não provocam alterações nos indivíduos, mas favorecem os que nascem com alterações que os tornem mais aptos ás mudanças do ambiente.
Assim, se essa nova característica for vantajosa o individuo terá mais oportunidades de se alimentar, e conseqüentemente de se reproduzir o que aumenta a probabilidade dos genes responsáveis pala nova característica passem á geração seguinte.
Ainda na aula de quarta-feira, mas para terminar na quinta-feira, confrontámos as ideias de Lamarck com as de Darwin.
Em resumo Lamarck afirmava que os indivíduos se adaptavam ao longo da vida e que as suas crias herdavam as características novas, são a lei do uso e do desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos, enquanto que Darwin se regia pela selecção natural como responsável pela evolução e que afirmava que não é um individuo que se altera mas sim nasce alterado por obra do acaso, se a alteração for positiva permanece, se não morre com o individuo.
Também falamos neste dia mas só terminamos na sexta-feira outro tema relacionado com evolução: argumentos evolucionistas.
Os primeiros estudados foram os argumentos de anatomia comparada.
Peguemos no exemplo do manual, o Ichthyostega, um peixe com patas e pulmões primitivos que se pensa ter sido uma dos primeiros animais a sair da água, e compararmos os seus membros superiores com os do Homem actual, da salamandra, da toupeira, do cavalo, morcego, uma ave e uma baleia, o que há em comum?
Ossos! Todos são vertebrados, mas se compararmos mais aprofundadamente vemos que, apesar de funções diferentes, o plano estrutural é semelhante e inclui ossos semelhantes nas mesmas posições relativas, podendo variar, no numero de falanges ou no desenvolvimento do osso. Chamam-se estruturas homólogas e são um argumento evolucionista na medida em que afirmam que os vertebrados, neste caso, têm estruturas semelhantes e uma origem comum, apenas diversificaram ao longo de milhões de anos. Este processo chama-se evolução divergente.
Há outro tipo de estruturas que argumentam a favor do evolucionismo: estruturas análogas, são orgãos inicialmente diferentes, de indivíduos diferentes, mas que tendem a ter uma mesma função. O caso da membrana alar e dos dedos do morcego e das asas do gafanhoto. Nunca foram iguais, mas alteraram-se de modo a ter a mesma função,
Num 3º caso há estruturas vestigiais. São estruturas ou orgãos que já desempenharam uma função nos ancestrais, mas que devido a alterações no ambiente e no individuo, já não têm utilidade relevante e têm tendência a mirrar ou até desapareceram.
É o caso do nosso apêndice ou dos músculos na zona das orelhas, o Homem não necessita de mexer as orelhas e esses músculos perderam a força com o passar das gerações, mesmo assim ainda há quem as consiga mexer, mas tendem a desaparecer.
Na baleia também existe um fêmur e pélvis, no entanto esta já não anda sobre 4 patas á muitas gerações, por isso estes ossos não têm qualquer influencia na locomoção das baleias.
Temos outro tipo de argumentos, os argumentos paleontológicos.
As ditas formas intermédias ou sintéticas são uma prova da evolução, o mais famoso é o Archaeopteryx litographico um fóssil com cerca de 150 Ma que é considerado como uma das primeiras aves, tem cauda e dentes de réptil, no entant, penas idênticas ás das aves, pelos registos fosseis acredita-se que este réptil-ave tivesse a capacidade de voar.
A paleontologia, ciência que estuda fosseis, diz-nos como eram alguns seres vivos á muito tempo atrás e como se foram alterando, infelizmente nem sempre é fácil encontrar fosseis em estado de se fazerem comparações seguras.
Os últimos argumentos que estudamos são os argumentos citológicos.
Estes argumentos comparam as células e as suas funcionalidades. Só por exemplo, os processos metabólicos de células vegetais e animais são semelhantes, um ponto a favor da origem comum.
Há inda mais argumentos mas não pertencem ao programa de 11º anos, como a embriologia e a bioquímica.
Por fim nesta semana introduzimos o Neodarwinismo.
Este acrescentou os conceito da variabilidade genética e relacionou-o com a selecção natural.
As mutações podem ter efeitos nefastos na vida do portador, mas também há mutações que trazem vantagens para o individuo. Estas trazem novidade genética. Mas a recombinação gene tica é o principal criador de variabilidade genética. Através da reprodução sexuada há recombinação da informação genética, que pode causar uma nova mutação, ou fazer com que uma característica nova de um dos progenitores apareça numa das crias.
Crio-se também o conceito de fundo genético que é o conjunto de todos os genes presente numa determinada população num dado momento.
Por esta semana é tudo.

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