terça-feira, junho 13, 2006

Rochas Metamórficas – Final da matéria (texto de ...)

Na aula de 9 de Junho (187/188) concluímos o estudo do metamorfismo e por conseguinte da matéria do 11º ano.
Nesta aula fizemos alguns exercícios do livro, o que nos ajudou a compreender melhor a matéria. No 1º respondemos a algumas perguntas sobre a influência que os factores do metamorfismo (temperatura, pressão, tempo, e quantidade de fluidos) na génese de minerais metamórficos. Vimos que, dependendo das condições a que estão sujeitas, as partículas podem ordenar-se de modos diferentes. Por exemplo as partículas constituintes do aluminosilicato (Al2SiO5) podem formar minerais com estrutura atómica diferente – a andaluzite, a cianite e a silimanite. Estes minerais são minerais índice pois podem fornecer informações sobre os limites de pressão e temperatura em que a rocha que os contem foi formada. Funcionam por isso como poleobarómetros e paleotermómetros.
Vimos também que, por termos informações sobra a formação das rochas, podemos falar do grau de metamorfismos. Existe metamorfismo de baixo grau, médio grau e alto grau. Um aumento da intensidade do metamorfismo é geralmente acompanhado por uma maior granularidade da rocha devido a intensos fenómenos de recristalização.
Estudamos depois os tipos existentes de metamorfismo: metamorfismo regional e metamorfismo de contacto. O metamorfismo regional está associado à zona de colisão de placas, por exemplo em zonas de subdução onde se verificam condições de altas temperaturas e condições de pressão que variam de moderadas a altas. Neste processo metamórfico, o efeito das tensões não litostáticas (a rocha está sujeita a forças em diferentes direcções) é muito importante, originando estruturas de deformação. Este tipo de metamorfismo afecta grandes áreas. As rochas mais conhecidas formadas no metamorfismo regional são o filito, a ardósia, o micaxisto e o gnaisse.
Já o metamorfismo de contacto afecta pequenas extensões da superfície terrestre pois ocorre em zonas próximas de intrusões magmáticas onde, o calor, ao propagar-se às rochas encaixantes vai alterar os minerais nelas existentes. As rochas que se encontram perto da intrusão magmática são fortemente aquecidas e, portanto, metamorfisadas, desenvolvendo-se uma zona de rochas alteradas pelo contacto com a massa em fusão, denominada auréola de matamorfismo. Os mecanismos de deformação são fracos uma vez que as tensões a que as rochas são sujeitas tende a ser uniforme. As rochas formadas neste tipo de metamorfismo são as corneanas de origem argilosa, os quartzitos e o mármore.
Para terminar a matéria estudámos a textura das rochas metamórficas. Vimos que, à medida que o grau de metamorfismo aumenta, o tamanho dos grãos também aumenta e a fissilidade (propriedade das rochas se dividirem em lâminas) diminui. As rochas metamórficas apresentam dois tipos de textura: Textura foliada e não foliada (granablástica).
A clivagem xistenta, xistosidade e o bandado gnaissico são três tipos de foliação característicos das rochas de baixo, médio e alto grau de metamorfismo, respectivamente. A clivagem xistenta é típica das rochas de baixo grau como a ardósia e o filito e resulta do reordenamento das partículas dos minerais. Na xistosidade o aumento do grau de metamorfismo resulta em processos de recristalização, verificando-se um maior desenvolvimento dos cristais (micas, quartzo e feldspato). A xistosidade corresponde a uma foliação bem desnvolvida o que origina uma menor fissibilidade e os minerais destas rochas, por serem mais desnvolvidos, podem ser visíveis à vista desarmada. No caso da gnaisse a fissibilidade é ainda menos evidente devido ao elevado grau de metamorfismo. Verificam-se fenómenos de recristalização muito intensos, principalmente do quartzo e do feldspato (minerais não lameares). Estes minerais são segregados com outros, formando bandas alternadas o que constitui o bandado gnaissico.
Na textura não foliada as rochas são constituídas por minerais com dimensões semelhantes a grânulos, em vez se formas tabulares ou alongadas. Estas rochas são resultantes de um metamorfismo onde a deformação está ausente ou em pouca influência como no metamorfismo de contacto. Uns exemplos de rochas não foliadas são as corneanas, os quartzitos e os mármores.

2 Comments:

At 12:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este texto é do Duarte Ralha. boas férias para todos.

Ass. Duarte Ralha

 
At 11:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bons tempos em que estas matérias eram lecçionadas pela Rosendhal!!!
Estas novas gerações nem sabem o que perderam!!!

 

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