segunda-feira, maio 16, 2005

Fluidos circulantes e a respiração aeróbia e anaeróbia ( texto de Nelson Ferreira )

Na aula de 11 de Maio, falamos de uma matéria já dada no 8º ano: os fluidos circulantes, ou seja, o sangue e a linfa. Foi uma aula bastante produtiva em termos de matéria.

Se tivermos sangue num tubo de ensaio e o pusermos numa centrifugadora, o conteúdo leve fica ao de cima e o mais leve em baixo. Isto serve para saber a constituição do sangue: plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas sanguíneas.
O plasma é o componente maioritário do sangue e constituído, essencialmente, por água, que dissolve substâncias como nutrientes (minerais, vitaminas, prótidos, glícidos, lípidos), gases, resíduos das células e hormonas.
As hemácias, também designadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células que têm como principal função transportar oxigénio através da hemoglobina, que contém ferro, dái a cor vermelha do sangue.
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células maiores que as hemácias e em menor número e têm como função a defesa do organismo.
As plaquetas sanguíneas têm como pricipal função a coagulação do sangue.
Pela parede dos capilares conseguem passar plasma e leucócitos (mudam a sua forma por um processo chamado diapedese) que vão para espaços existentes entre as células dum tecido, formando a linfa intersticial. Portanto, esta linfa é constituída por leucócitos, lípidos, glícidos, proteínas e resíduos das células envolventes (ureia e CO2). Existem vasos linfáticos que têm a função de drenar a linfa intersticial, formando a linfa circulante, constituída também por plasma e leucócitos. Estes vasos vão ter aos grandes vasos linfáticos, que por sua vez estão ligados às veias subcláveas. Assim, a linfa mistura com o sangue.
Este processo todo de circulação de fluidos, serve para renovar a linfa intersticial permitindo que as células obtenham permanentemente as substâncias de que necessitam, e também para eliminar os resíduos resultantes da actividade celular.

Na segunda parte da aula, iniciámos um capítulo, e começámos a falar da respiração aeróbia e anaeróbia, que são os fenómenos mais importantes para a vida juntamente com a fotossíntese. Para isso, compreendemos a noção de metabolismo celular, isto é, o conjunto de todas as reacções nas células dum ser vivo. No metabolismo celular consideram-se dois processos: anabolismo, em que formam-se moléculas complexas a partir de outras mais simples, sendo, por isso, os produtos mais energéticos que os reagentes, e o catabolismo que é o inverso.
A respiração aeróbia e a anaeróbia têm um objectivo em comum: produzir energia. Ambas utilizam uma molécula de glicose, mas na respiração aeróbia utiliza-se também oxigénio. Quanto aos produtos, a diferença é que na respiração anaeróbia forma-se etanol, podendo por isso ser chamada fermentação alcoólica (existe outra, chamada fermentação láctea, onde se forma ácido láctico, pricipalmente ao nível dos músculos) e na aeróbia água, sendo o CO2 e energia idênticos a ambos. Tendo o etanol muito mais energia que a água, a energia produzida sob a forma de calor é maior na respiração aeróbia do que na anaeróbia. Com tudo isto pode-se concluir que a respiração aeróbia é muito mais rentável energeticamente que a anaeróbia.
Além de todos estas diferenças, existe um processo idêntico aos dois: a glicólise. Para estudar este processo fizemos um actividade do manual. Através deste, concluimos que:
 Uma molécula de glicose é desbobrada por duas moléculas de ATP;
 Através de reacções de oxirredução (os compostos formados no desdobramento da glicose fornecem electrões e protões de hidrogénio, ficando oxidados, ao NAD+, ficando este reduzido, que se transforma em NADH) e de transformações de ADP em ATP, forma-se um produto final, duas moléculas de ácido pirúvico;
 Portanto, formam-se 2 NADH, 4 ATP e utilizaram-se 2 ATP, sendo o rendimento de 2 ATP.

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