segunda-feira, maio 09, 2005

Absorção e transporte de água nas plantas ( texto de Duarte Antunes )

Depois de uma pequena revisão da aula anterior começamos a falar do tema desta aula.
É de conhecimento geral que as plantas absorvem água e nutrientes pela raiz, mas nos tratamos disto com mais pormenor. Tudo começa nos pêlos epidérmicos que captam a água eficazmente. Depois, por osmose, que já foi explicada anteriormente, a água passa para as partes interiores da raiz, onde a concentrarão de soluto é maior, até chegar aos vasos xilémicos. Normalmente a água tem minerais dissolvidos, neste caso são iões de nitratos, fosfatos, sulfatos, potássio, sódio e cloro, essa água com os minerais dissolvidos, ao chegar ao floema chama-se seiva bruta ou seiva xilémica.
O transporte dentro deste vaso está sujeito a duas teorias que se completam, a 1ª é a hipótese da pressão radicular, basicamente á medida que a água entra pela força osmótica exerce um peso sobre ela própria, chamado pressão radicular, devido a essa pressão a água é literalmente empurrada.
Nalguns casos é tão elevada, caso do morangueiro, que acontece a gutação que é quando a folha deixa sair água no estado liquido deixando gotas pequenas nas extremidades da folha.
A 2ª é a hipótese da tensão-coesão-adsão, que é mais ou manos o contrário, a água é puxada para cima não empurrada.
As plantas também transpiram, têm estomas por onde sai a água no estado gasoso. A água no xilema deve estar toda ligada, isto é as moléculas de H2O da raiz estão ligadas pelo caule até ás folhas. Assim, com a transpiração, as moléculas mais próximas do exterior saem puxando as anteriores para o seu lugar, chama-se tensão a este fenómeno.
Depois deve-se ás forças de coesão e adesão as moléculas estarem ligadas como uma parede, o que faz com que estas tendam a ocupar o espaço vazio deixado pelas outras moléculas.
Como já as plantas transpiram pelo estoma e logo a transpiração deve ser regulada para evitar perdas excessivas de água.
Para isso as células guarda dos estomas podem absorver água, aumentando de volume, exercendo pressão sobre a própria parede celular, chamada pressão de turgescência. Essa dilatação provoca uma mudança de forma, elas curvam-se e abrem um espaço entre elas, deixando a água sair. Quando a água não é excessiva elas voltam á forma inicial encaixando-se uma na outra.
O floema é outro canal, este é onde passa a seiva elaborada pela folha.
A seiva elaborada é constituída por água e 10% a 30% de açúcar, alimento das células. O floema são células vivas ao contrário do xilema e é difícil retirar amostras desta seiva. No entanto , nos anos 50, descobriram um pulgão, o afídeo, que possui uma delicada e sofisticada pipeta que permite passar entre as células sem as danificar e sem misturar o seu conteúdo com a seiva floémica. O afídeo permitiu o estudo da seiva, retirando-lhe o agulhão é fácil fazer a seiva sair pois esta está sobre pressão, tanta que quando o insecto se alimenta é criada uma gota de seiva no seu ânus que atravessou todo tubo digestivo, as formigas são quem aprecia bastante essa gota açucarada.

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