Métodos para o estudo da geosfera ( texto de Diogo Vicente )
Nas últimas aulas de biologia e geologia temo-nos debruçado sobre a constituição do interior da geosfera e verificámos que os métodos utilizados para descobrir a constituição do interior da Terra se podem dividir em dois grupos principais: os métodos directos e os métodos indirectos.
Os métodos directos podem ter a ver com a observação directa da superfície pois alguns materiais afloram à superfície terrestre depois de estarem a grandes profundidades; com a exploração de jazigos minerais; com as sondagens ao interior da Terra, quer por motivos científicos ou não; com o vulcanismo (os materiais expelidos do vulcões são provenientes do interior da Terra).
Em relação a este ultimo, Portugal é privilegiado com a situação da Região Autónoma dos Açores, a qual está situada sobre o ponto de encontro de três placas: a placa Euro-asiática, a placa Americana e a placa Africana, sendo, por isso, alvo de forte actividade geológica. Não é estranho, sendo assim, que os principais departamentos da Universidade dos Açores sejam o departamento de Vulcanologia e o departamento de Oceanografia. Uma excelente notícia para aqueles que, como eu, se interessam por vulcões e não se importariam de estudá-los como profissão.
Quanto aos métodos indirectos, existem a planetologia e a astrogeologia (que estudam os outros planetas para tentar descobrir mais sobre o interior da Terra, dado que se formaram em alturas semelhantes) e os métodos geofísicos. Nesta última categoria, encontram-se a gravimetria (estuda as diferenças de gravidade da terra para avaliar os diferentes materiais que a constituem); o estudo da densidade (a densidade média da Terra é 5,5 g/cm3, mas a densidade média da superfície é de 2,8 g/cm3); o geomagnetismo que estuda as propriedades magnéticas dos materiais da crosta terrestre, pois minerais ferromagnéticos podem ficar magnetizados quando descem abaixo de uma certa temperatura, o chamado ponto de Curie e serve para verificar que o campo magnético da Terra já se alterou muitas vezes desde o início da formação da Terra; sismologia (destes, o meu preferido) Que determinou a diferença de materiais do interior da geosfera, pois como a Terra é um planeta com camadas diferentes, as diferentes ondas sísmicas são distorcidas e a sua velocidade é alterada; o geotermismo, que é a determinação da temperatura ao longo do interior da Terra. Neste último método determinou-se o gradiente térmico, que é a taxa de variação da temperatura com a profundidade. O gradiente térmico e de 30ºC por quilómetro. Também se determinou a profundidade que é necessário aprofundar para que a temperatura suba 1ºC, o chamado grau geotérmico.
Isto passou-se nas aulas de quarta e sexta-feira.
Na terça-feira seguinte, assistimos a uma apresentação sobre a exploração de recursos naturais. A apresentação foi muito bem feita e, pelo menos para mim, foi bastante clara.
E este foi o resumo e comentário das aulas de biologia e geologia da semana de 17/11/2004 a 23/11/2004. Foi uma semana interessante e se todas as outras disciplinas fossem assim…
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