quinta-feira, fevereiro 16, 2006

(texto de Joana Lemos)

Como se poderá evitar desastres relacionados com os movimentos em massa?
No dia 8 de Fevereiro de 2006, a aula de Geologia centrou-se nesta problemática para que entendêssemos não só os fenómenos aqui envolvidos, mas também como fazer para evitar este tipo de desastres.
Torna-se essencial esclarecer o significado de movimentos em massa, estes consistem na movimentação de materiais que podem ser feitos de forma lenta passando-nos despercebido, ou de forma rápida causando efeitos tenebrosos. Como tal, não só é necessário como importantíssimo elaborar planos ou esquemas que ajudem na prevenção destas catástrofes. Porém para que se elabore um bom método preventivo é necessária uma avaliação rigorosa do impacte das actividades humanas numa determinada região e de um conhecimento geológico da região onde o Homem se encontra inserido.
Tomando como exemplo uma vertente: parcialmente não detectamos qualquer actividade geológica, todavia ela existe. Qualquer detrito ou rocha dessa vertente está sujeito a duas forças opostas que irão determinar o seu movimento ao longo da vertente. Forças essas denominadas por força gravítica (Fg) e força de atrito (Fa). A força da gravidade subdivide-se em duas outras componentes, a força normal e a força tangencial. Cabe à força tangencial actuar no sentido de deslocar o detrito ao longo da vertente em oposição à força do atrito. Quanto mais inclinada uma vertente for, maior será a sua componente tangencial, o que irá facilitar o deslocamento de materiais ao longo da vertente.
É de frisar que o deslocamento dos materiais é por diversas vezes condicionado pela força do atrito, visto que, esta força impede o deslocamento de detritos que se encontram distribuídos ao longo da vertente. Quando esta força se vê fragilizada ocorrem os movimentos em massa.
Os factores que “fragilizam” esta força são a falta de coesão entre as partículas (ex. Quando chove muito, o solo fica saturado de água e como a água possui uma forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, cria à volta das partículas uma fina película, que faz com que as partículas do solo “escorram umas sobre as outras” desencadeando uma movimentação de terras), a falta de vegetação, raízes, arbustos que possuem uma função de ancoragem de detritos, a gravidade, a inclinação da vertente, o tipo de material rochoso que constitui uma determinada região e por fim as variações de temperatura a que o terreno é exposto (ex. Um dia muito quente e depois um dia muito frio faz com que o solo “estale” criando fendas).
Serão estes fenómenos puramente naturais?
Em parte sim, porém a acção antrópica também aqui se encontra presente, uma vez que, o Homem desde sempre ocupou regiões de vertente, pelo que, vem sofrendo as suas consequências. O que antes não parecia óbvio, hoje em dia é estudado e analisado em todas as escolas do país, não só se estuda o efeito da ocupação humana nos ecossistemas, como se estuda os processos geológicos que actuam em determinadas regiões.
Que soluções adoptar para a prevenção dos movimentos em massa?
Poder-se-á construir muros de suporte, com o eventual reforço de arbustos e outras espécies vegetais, não esquecendo que sendo a água um factor importante na instabilidade de uma vertente é necessário recorrer à instalação de sistemas de drenagem interna. Outra forma de evitar a queda de blocos rochosos, é a utilização de redes metálicas (evita que os materiais instáveis possam ser deslocados para a via publica). Porém não devemos esquecer o factor externo, a paisagem, todos estes métodos de prevenção terão que tomar uma atitude harmoniosa para com o local onde se encontram inseridos.
Após esta sucinta explicação sobre os movimentos em massa e de todas as implicações que dai advêm, realizámos alguns exercícios sobre este tema e consolidámos outros conhecimentos já adquiridos na seguinte aula (10 de Fevereiro).
Porém antes de terminar gostaria de fazer um apelo referente aos movimentos em massa. Na minha opinião este tipo de catástrofes apenas acontecem caso o cidadão não se interesse minimamente em se informar a respeito destes assuntos. A partir do momento em que o cidadão não participa em resoluções deste tipo de problemas, não lhe adianta lamentar vidas ou bens perdidos, uma vez que, nos cabe a todos nós procurar participar e “lutar” pelas melhores resoluções…e para isso contamos com a geologia que nos ajuda a compreender e a lidar com estes fenómenos.
Não se esqueça, você também faz a diferença!!!

2 Comments:

At 7:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Encontrei este blog enkanto pesquisava para um trabalho sobre os movimentos em massa. Adorei-o! Tem uma linguagem bastante acessivel. Vai ser mto útil para a realização do meu trabalho. Vou transmitir á mha turma o vosso apelo! Juntos faremos a diferença. Tânia Fonseca

 
At 7:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Encontrei este blog enkanto pesquisava para um trabalho sobre os movimentos em massa. Adorei-o! Tem uma linguagem bastante acessivel. Vai ser mto útil para a realização do meu trabalho. Vou transmitir á mha turma o vosso apelo! Juntos faremos a diferença. Tânia Fonseca

 

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