sexta-feira, fevereiro 18, 2005

FIM DO MANUAL ( texto de Nelson Ferreira )

Mais uma semana de aulas de Geologia e não há muito a dizer. Apenas demos matéria no dia 1 de Fevereiro (3ª feira), fizemos o teste no dia 28 de Janeiro (6ª feira), é a disciplina onde a turma tira melhores resultados, desta vez o lugar mais alto do pódio pertencendo a Duarte Antunes, seguido de Nelson Ferreira e Cláudia Costa. Mais informações sobre o teste, nomeadamente a média da turma, não posso referir, uma vez que o professor faltou no dia 2 de Fevereiro (4ª feira), dia de entrega dos testes.

Quanto à aula do dia 1 de Fevereiro, falámos da estrutura interna da geosfera, matéria bastante simples e conhecida entre nós, ideal para acabar o manual. Para começar analisámos duas teorias, relativas ao interior da Terra, vistas por Buffon (1745) e Ampère (1830).
Na primeira, parte-se do ponto que a Terra é um globo vazio, em que a crosta tem cerca de 4 km de espessura. Esta condição iria produzir efeitos não verificados verdadeiramente. Se assim fosse, as montanhas seriam partes consideráveis da espessura total da crosta, o que fazia com que, nas montanhas, a atracção gravítica fosse muito maior que a atracção total do globo, provocando grande irregularidade na órbita da lua e o bastante maior peso dos corpos nos lugares mais elevados. Até aqui tudo bem, mas continuando a perspectiva de Buffon, ele diz-nos que se a Terra fosse preenchida por materiais mais densos que os da superfície, pesaríamos mais nos lugares mais baixos. Por isso, concluiu que o material do interior da Terra é semelhante da da superfície, o que não acontece, pois sabemos que a densidade global da Terra é cerca de 5,5, a da superfície é cerca de 2,8, o que nos leva a crer que a densidade no interior da Terra seja muito superior a 5,5.
Relativamente à perspectiva de Ampère, é admitido que o interior da Terra não pode ser líquido devido à acção que a Lua exerceria sobre essa massa líquida, idêntica à das marés. Resultariam movimentações dessa massa líquida em que a crosta não resistiria. Perante esta situação, o professor colocou a hipótese de a disposição do ser humano ser alterada consoante a fase da lua, uma vez que a lua atrai os líquidos e, neste caso seria o sangue. Na minha opinião é uma hipótese fiável.
Seguidamente fizemos exercícios relativos à pressão, temperatura, densidade e velocidade das ondas sísmicas ao longo do globo terrestre.
Para acabar o manual, estudámos dois modelos do globo terrestre. Um baseado na sua composição e o outro nas propriedades físicas. No primeiro, divide-se a Terra em três partes: a crosta (zona mais superficial), que por sua vez encontra-se dividida em crosta oceânica (mais jovem e densa e constituída, essencialmente, por basalto) e crosta continental (mais espessa e constituída, essencialmente, por rochas metamórficas e graníticas) , o manto (constituído, essencialmente por peridotitos), e o núcleo (constituído, essencialmente por ferro e níquel).
Quanto ao modelo segundo as propriedades físicas, a Terra divide-se em litosfera (compreende a crosta e a parte superior do manto, é rígida e é onde ocorre a tectónica de placas), a astenosfera (zona de abaixamento da velocidade das ondas sísmicas, visto que esta se apresenta mais plástica e deformável), a mesosfera (zona novamente mais rígida), e o núcleo, que se divide em externo (líquido) e interno (sólido).

Fazendo um comentário pessoal, gostei deste manual, mas espero que o próximo seja melhor, pois também acho a biologia mais interessante. O professor que continue com o bom trabalho que tem realizado, pois estas melhores notas a esta disciplina que a turma tem demonstrado, não são por acaso.

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