quinta-feira, maio 11, 2006

(texto não identificado, mas presumivelmente de Pedro Silva...)

No dia 16 de Março começámos a estudar as rochas ditas biogénicas, assim denominadas por provirem da acumulação de restos de seres vivos bem como da acção químicas provocada por actividade biológica.
Conforme intervenham, na sua génese, animais ou plantas as rochas biogénicas podem ser ainda subdivididas em zoogénicas e fitogénicas, respectivamente. São exemplo de rochas zoogénicas os calcários conquíferos e recifais e de rochas fitogénicas os carvões bem como certos calcários.

No nosso caso particular e de entre outras rochas biogénicas estudámos os calcários biogénicos e os carvões e petróleos.

Os calcários biogénicos.
Muitos animais, como espongiários, celenterados, equinodermes, e, sobretudo moluscos, bem como os vertebrados e ainda certos tipos de algas e protozoários possuem formações esqueléticas de natureza calcária, as quais por acumulação e cimentação dos respectivos detritos podem contribuir para a formação de calcários de tipo biogénico.
Os tipos mais comuns de calcário biogénico são: o calcário conquífero; o calcário recifal; o calcário numulítico e o diatomito.

O calcário conquífero resultam da acumulação de conchas de moluscos que foram posteriormente cimentadas. Em Portugal estes calcários são frequentes na Estremadura e Beira Litoral

O calcário recifal é semelhante ao conquífero mas em vez de conchas de moluscos apresenta, maioritariamente, pólipos de corais embora contenha também, em menor quantidade vestígios de algas, moluscos e mesmo protozoários.

O calcário numulítico é um tipo específico de calcário conquífero, neste caso o calcário é quase totalmente composto por fosseis de Numulites, um organismo marinho que fabricava uma concha espiralada e segmentada com cerca de 5mm.

O diatomito resulta da acumulação e cimentação de partes calcárias (denominadas frústulas) de um tipo de algas plântonicas, as Diatomáceas. Em Portugal as maiores jazidas de diatomito encontram-se nas proximidades de Setúbal e na margem Norte do rio Tejo onde surge em estratos alternado com carvões e areias.

Carvões e petróleos.
O exame atento dos carvões naturais permite-nos concluir que todos eles resultam da acumulação de restos de vegetais, que foram sofrendo, em virtude da actividade química de certas bactérias e fungos, uma decomposição lenta ao abrigo do ar, com enriquecimento gradual de carbono. Na combustão de carvão ou de produtos petrolíferos, é, pois, utilizada a energia obtida por fotossíntese e posteriormente armazenada e preservada durante vários milhões de anos.
Podem existir, essencialmente, quatro tipos de carvão: a turfa, o lignito, a hulha e o antracito.

A turfa forma-se sobretudo nas regiões húmidas, sendo constituída por acumulação de musgo, gramíneas e de outras plantas herbáceas incompletamente decompostas. Designam-se por turfeiras os locais onde se forma a turfa, numa turfeira podem existir as seguintes camadas de sedimentos, em que quanto maior a profundidade maior é a qualidade da turfa:

Musgo vivo;
Musgo morto;
Turfa musgosa;
Turfa folheada;
Turfa compacta.

Em virtude da sua consistência esponjosa a turfa absorve grande quantidade de água, cerca de 75% da sua composição total, possui também uma grande quantidade substâncias voláteis mas é pobre em carbono pelo que tem um baixo poder calorífico.
No contexto Português existem turfeiras em Melides (Grândola) e em Samora Correia.

O lignito apresenta estrutura lenhosa, terrosa, ou compacta e cor acastanhada ou preta. Este tipo de carvão é originado em regiões pantanosas pela acumulação de plantas arbóreas. Arde facilmente pois contem já entre 55% a 70% de carbono na sua constituição embora apresente ainda uma considerável percentagem de água e substância voláteis. O seu poder calorífico é superior ao da turfa mas inferior ao dos outros carvões.
Em Portugal existe Lignito em Óbidos, Alcobaça, Batalha e Porto-de-Mós.

A hulha, ou carvão betuminoso, é um carvão compacto ou folheado, frágil e de cor negra, só o exame microscópico pode revelar a suas origens vegetais. A sua percentagem de carbono oscila entre os 70 e 80% e a água é já vestigial,. Conforme a hulha é rica ou pobre em substancias voláteis assim se diz gorda ou seca.
Os principais depósitos de Hulha em Portugal encontram-se no Buçaco e no Cabo Mondego onde surge associada ao lignito.

O antracito é um carvão compacto, denso, de brilho metálico intenso e cor negra. É o carvão mais rico em carbono; a sua percentagem neste carvão é superior a 80% ´´e muito pobre em substâncias voláteis e a água é virtualmente inexistente, por estas razões o antracito é também o carvão com poder calorífico mais elevado.
Em Portugal o antracito é explorado em S. Pedro da Cova e no Pejão.



Os produtos petrolíferos naturais incluem materiais gasosos, líquidos e sólidos nas condições de pressão e temperatura normais. Os produtos to sólidos designam-se por asfaltos ou betumes; os líquidos por petróleo bruto ou nafta e os gasosos por gás natural. A análise química do petróleo mostra que é constituído, essencialmente, por misturas de hidrocarbonetos que derivam principalmente, da parte lípidica da matéria orgânica. Os lípidos são abundantes nas algas, em esporos e em grãos de pólen e especialmente no plâncton. Os petróleos formam-se pois em ambientes que permitem o desenvolvimento de plâncton abundante.
Todo o processo de formação de petróleos é extremamente lento, podendo durar várias dezenas de milhão de anos. A rocha onde ocorre esta evolução é designada por rocha-mãe.

1 Comments:

At 9:35 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O ARTIGO É MEOOOOO!!!!

 

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